Família Espiritual e Família Consanguínea

A consanguinidade tem apenas a intenção de aproximar espíritos dentro de um mesmo contexto familiar para unirem-se em prol da evolução e reforma íntima recíprocas.

Podem ser espíritos simpáticos, ligados por afeições advindas de existências anteriores e que assumem um papel de auxílio mútuo. Entretanto, é também possível que sejam almas endividadas umas com as outras e que necessitam de uma existência carnal em comum para o exercício do perdão, da paciência e da tolerância e, dentro desse antagonismo, a providência divina também reconduz tais indivíduos para a conquista do adiantamento espiritual.

Podemos dizer que há duas espécies de famílias: as famílias por laços espirituais e as famílias por laços corporais. “As primeiras, duradouras, fortificam-se pela purificação da alma. As segundas, frágeis como a própria matéria, extinguem-se com o tempo e quase sempre se dissolvem moralmente desde a vida atual”.

Somos todos espíritos interligados a uma divina Criação. Fazemos parte de uma grande construção, onde ocupamos espaços entre os alicerces, as pedras e o cimento que a compõe. Como elementos constitutivos dessa obra de Deus, sustentamos a edificação que está acima de nós. Mas não podemos olvidar que há uma base que nos sustenta nos momentos de provação de nossa vida. 

É chegado o momento da humanidade se unir!

Chega de divisões entre os povos. Basta de fronteiras e línguas, que acabam por distanciar as pessoas. Infelizmente, o homem ainda não se deu conta que somente será feliz por completo quando ajudar a minimizar o sofrimento de seu próximo.

A humanidade nunca conquistará a felicidade plena, enquanto houver um espírito sequer sofrendo na face da Terra!

Jesus, depois, de haver sido questionado e testado inúmeras vezes pelos Fariseus, continuava com a sua pregação, elucidando as mentes daquela época, quando recebe a notícia de que sua mãe e seus irmãos lhe aguardavam e desejavam falar-lhe. Para a surpresa de todos, redarguiu o Nazareno: “Quem é minha mãe, quem são meus irmãos?” Em nenhum momento Jesus quis menosprezar seus parentes com essa indagação. Ao contrário, com a sua infinita sabedoria, desejava despertar o pensamento dos homens para essa grande família universal que ora tratamos. Desejava demonstrar que todos somos irmãos, pois somos filhos do mesmo Criador, devendo ser exteriorizado o respeito e afeto pelos nossos semelhantes. Estendeu as mãos apontando para os discípulos e disse: “eis minha mãe e meus irmãos” e finalizou com uma da maiores pérolas de seus ensinamentos: “porque todo aquele que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe”.

Desejamos discorrer ainda sobre alguns tópicos específicos, porém diretamente relacionados ao tema “Família Universal”.

Podemos nos considerar uma família universal? A frase dita por Jesus: “Quem é minha mãe, quem são meus irmãos?” causa certa estranheza quando pensamos que foi proferida por Cristo, mas o que ele realmente quis nos ensinar? Aos olhos de Deus somos todos irmãos e filhos do mesmo pai, mas porque necessitamos ainda nos agredir e mostrar que somos mais ou melhores uns que os outros? Qual a diferença entre família espiritual e corporal?

Que possamos refletir sobre esse tema com bastante atenção em nossos comportamentos. Orai e Vigiai!

Um texto de reflexão postado por Casa Senhora do Carmo.

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