Quem é Ramatis?

Trata-se de um trabalhador espiritual com grandes obras impressas através da Psicografia dos médiuns Hercílio Maes e Norberto Peixoto.

Segundo a obra “Mensagens do Astral” psicografada por Hercílio Mães em 13/05/1956 em sua abertura, Ramatís descreveu a sua trajetória encarnatória na Terra e sobre as suas atividades no Astral Maior. Copilaremos alguns trechos para que você, querido leitor, saiba um pouco mais sobre este grande espírito.

Viveu na Indochina no século X. Espírito de inteligência fulgurante, já era muito experiente nos processos reencarnacionistas, tendo, também, encarnado no século IV, tendo participado do ciclo ariano, nos acontecimentos que inspiraram o famoso poema hindu “Ramaiana”. Foi adepto da tradição de Rama, naquela época, cultuando os ensinamentos de “Reino de Osiris”, o senhor da Luz, na inteligência das coisas divinas.

Após a sua desencarnação, filiou-se, no espaço, a um grupo de trabalhadores espirituais, denominado “Templários das Cadeias do Amor”, onde se dedica a trabalhos profundamente ligados à Psicologia Oriental.

Os que leem as mensagens de Ramatís, e estão familiarizados com o simbolismo do Oriente, bem sabem o que representa o nome “RAMA-TYS ou SWAMI SRI RAMA-TYS” como era conhecido nos santuários da época.

No Astral Superior, participou da fusão de duas importantes Fraternidades, constituindo a “Fraternidade da Cruz e do Triângulo”, que formam a “Fraternidade da Cruz”, ligada à tradição iniciática e espiritual no Ocidente (que divulga os ensinamentos de Jesus), e da “Fraternidade do Triângulo”, ligada à tradição iniciática e espiritual do Oriente.

Em outra encarnação, na Atlântida, foi contemporâneo do Espírito conhecido pelo pseudônimo de Allan Kardec, que era profundamente dedicado à matemática e às ciências positivas.

Em sua passagem pelo Egito, conta Ramatís, que teve outro contato com Kardec que era à época o Sacerdote Amenófis, ao tempo do Faraó Menerftá, filho de Ramsés.

Também na época de Jesus, Ramatís teve a oportunidade reencarnatória. Relata que teve a felicidade de ver e ouvir o Divino Cordeiro encarnado na Terra.

Neste momento, Ramatís traz em seus relatos grandes e minuciosos detalhes sobre o seu contato com o Rabi da Galileia.

Sugerimos que se busque nos exemplares já mencionados e no livro “NO DESPERTAR DE NOVOS TEMPOS” do Templo Espírita Tupyara, Livraria José Hermann, Rio de Janeiro-RJ, 1999. Neste último, nas páginas de 155 a 162, vocês poderão ter acesso a maiores detalhes sobre todas as encarnações do grande espírito e, certamente, se emocionarão bastante.

Ao final deste, encontra-se um depoimento de Francisco Cândido Xavier, ao ser questionado sobre a veracidade dos relatos do mestre Ramatís em 05/01/1954. Ei-lo:

Pergunta: Acha nosso irmão que a Mensagem de Ramatís deva ser divulgada com amplitude?

Chico Xavier: Diz nosso orientador (Emmanuel) que a mensagem é de elevado teor. E todo trabalho organizado com o respeito, com o carinho e com a dignidade, dentro dos quais essa Mensagem se apresenta, merece a nossa mais ampla consideração, de vez que todos nós, em todos os setores, somos estudiosos, que devemos permutar as nossas experiências e as nossas conclusões, para assimilação do progresso, com mais facilidade em favor de nós mesmos.

            Queridos amigos, obrigada por compartilhar destes momentos em que relatamos um pouco da história da Umbanda, e, esclarecemos porque seguimos as orientações de Ramatís. Seguimos por esta religião que nos faz ser gratos diuturnamente ao Pai de Misericórdia por nos permitir estar, nesta vida, atuando através dela com muito amor e fraternidade.

Fiquem todos na Paz do Divino Criador.

 Casa Senhora do Carmo

Referência Bibliográfica:

·        PEIXOTO, Norberto. Samadhi, Obra Psicografada, Espírito Ramatís. Editora Do Pensamento, primeira Edição, São Paulo,2002.

·        GUIMARÃES, Maria Theodora Ribeiro. Umbanda um Novo Olhar. Editora Do Pensamento, primeira Edição, São Paulo, 2011.

Carta de Ramatís aos Umbandistas(*)

Aos irmãos de fé umbandistas:

Que os vossos destinos estejam sempre iluminados pelos bons espíritos, guias e protetores, falangeiros da caridade, mas que tenhais merecimento dessa assistência pelas vossas atitudes e ações. Fazei a vossa parte que a Espiritualidade está fazendo a que lhe cabe, pois igualmente os espíritos têm comprometimentos cármicos convosco e estão evoluindo. Tende o discernimento de escolher vossos destinos de acordo com o aprendizado vivenciado, fruto do estudo, da experimentação mediúnica e do conhecimento que propicia a fé racional, e não vos deixeis levar qual tora de madeira correnteza abaixo.

Vivenciai a singeleza da Senhora da Luz, vossa amada Umbanda, ainda tão incompreendida e distorcida entre os Homens. Umbanda, facho luminoso que desce do Altíssimo, que não cobra consultas, não se remunera por encomendas de oferendas e despachos milagrosos. 

Não tenhais receio de afirmar vossa condição de umbandistas, que é por natureza milenar, universalista e crística. Resgatai a humildade e a sabedoria tão bem personalizadas nas figuras dos Pretos Velhos com seus cabelos brancos, corpos curvados pelas dores do tempo e linguajar simples e tosco, mas que, por detrás das vovós e vovôs, escondem-se espíritos de extrema elevação, muitos de outras paragens cósmicas, que no presente momento existencial não conseguireis entender em plenitude. Tende a coragem dos Índios e dos Caboclos e enfrentai as vicissitudes de olhar firme ao horizonte, respeitando a tudo e a todos, tendo o Evangelho do Cristo no coração.

Saudai vossa Umbanda!

Saudai todos os Orixás, posições vibradas do Cosmos que permitem a manifestação dos espíritos na forma e na matéria.

Saudai todos os Guias e Protetores.

Saudai todos os Cavalarianos socorristas.

Saudai a todos os que praticam a caridade desinteressada sob a égide do Cristo Jesus, encarnados e desencarnados.

O amparo e a assistência se fazem sempre, atuantes por intermédio dos mensageiros da Fraternidade Branca do Astral Superior, que sustenta em solo pátrio o movimento de unificação religiosa dos Homens.

E que Oxalá vos dê ânimo para enfrentar os tempos vindouros e continuar praticando a caridade desinteressada, com amor ao próximo, confiança e fé como sempre, foi, é e será pelo evo dos tempos, nos caminhos ascensionais de todos vós, inevitavelmente destinados à angelitude, independente das crenças terrenas.

 Ramatís

(*) Samadhi/Ramatís: Obra mediúnica psicografada por Norberto Peixoto-Limeira, SP: Editora do Conhecimento,2002.